A Seleção Brasileira de Judô finalizou 2025, o primeiro ano do ciclo olímpico Los Angeles 2028, conquistando medalhas em todos os níveis de competições internacionais, indo desde etapas de Open ao Campeonato Mundial. Ao longo da temporada, os judocas subiram ao pódio mais de 120 vezes, marca que evidencia a regularidade do Brasil nos principais eventos da modalidade e a força do país no cenário mundial.

Para o Diretor de Esporte da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Marcelo Theotonio, a estratégia deste ano foi atingida com êxito e os resultados dos atletas encaminharam a Seleção rumo ao principal objetivo daqui para frente: a classificação olímpica.

“O ano de 2025 foi dividido entre o final da primeira etapa e o início da segunda etapa do nosso plano de trabalho. Nossa estratégia de oportunizar o acesso do maior número de atletas à Seleção foi atendida com sucesso e, ainda, tivemos um retorno bem proveitoso. Um exemplo foi a própria Shirlen Nascimento, que ingressou na equipe via uma dessas oportunidades, trilhou um caminho e atingiu uma medalha de bronze no Campeonato Mundial. Agora, seguimos empenhados na evolução e desenvolvimento dos atletas, focados no desempenho internacional e na construção de uma equipe competitiva para o desafio da classificação olímpica”, disse.

As estratégias de acesso desenvolvidas pela comissão técnica da CBJ fizeram com que mais de 50 atletas diferentes vestissem o judogi da Seleção na temporada. Depois das etapas, 27 brasileiros terminaram o ano no top 50 do ranking da Federação Internacional de Judô. Dentre eles, oito estão entre os top 10 do mundo em suas categorias de peso.

No próximo ano, que começa oficialmente para a Seleção já em janeiro, no Treinamento de Campo Internacional de Koln, na Alemanha, o objetivo é configurar mais atletas nessas posições de destaque.

“Passado essas primeiras fases, agora o foco é ter cada vez mais brasileiros em posições relevantes do ranking mundial, que é fundamental na corrida olímpica rumo a Los Angeles 2028. A meta é assegurar que o Brasil entre na fase classificatória com atletas preparados para enfrentar os principais adversários do circuito e com confiança para consolidar ainda mais o judô brasileiro entre as principais potências do mundo”, continuou Marcelo.

A corrida olímpica terá início em junho de 2026, no Grand Slam de Ulaanbaatar, na Mongólia, e deve seguir até o Campeonato Mundial de 2028. O judô brasileiro busca classificar todos os seus 14 representantes possíveis e trabalhar para atingir mais uma campanha histórica, assim como aconteceu em Paris 2024.

“Sabemos do tamanho do desafio, mas também da capacidade dos nossos atletas e da comissão técnica. Estamos preparados para buscar um novo ciclo vitorioso”, finalizou.

Relembre como foi a temporada da Seleção Brasileira

Em 2025, o judô brasileiro mais uma vez se destacou entre as maiores potências mundiais e levou medalhas nas principais competições internacionais da modalidade.

No Campeonato Mundial, principal do ano, Daniel Cargnin (-73kg) foi vice-campeão, quebrando um jejum de oito anos sem brasileiros em uma final masculina, e Shirlen Nascimento (-57kg) levou o bronze em sua estreia na competição. Além das medalhas, o Brasil ainda teve outros três atletas em quinto lugar e dois na sétima colocação.

Ainda no Circuito Mundial, composto por etapas de Grand Slam e Grand Prix, mais 41 medalhas, com direito a campanhas expressivas em Lima e Guadalajara, onde a Seleção faturou mais de dez pódios em cada.

Já a nível continental, o judô brasileiro realizou a melhor campanha de sua história no Campeonato Pan-Americano, com 16 medalhas individuais, com destaque para nove ouros, além de mais um título na disputa por equipes mistas.

Por fim, nos Opens Continentais, competições com peso menor, mas que são importantes para inserir judocas no cenário internacional, o Brasil conquistou 64 medalhas, inclusive com atletas das categorias de base.

Em 2026, após a primeira ação na Alemanha, a Seleção Brasileira estreará no calendário competitivo no tradicional Grand Slam de Paris, marcado para o segundo fim de semana de fevereiro.

(Texto: CBJ Oficial. Foto: Beatriz Riscado/CBJ)