Neste ano, a peça teatral educativa “O Auto da Barca do Fisco” chega aos 15 anos em cartaz, com 334 apresentações feitas para 125 mil pessoas até o momento. E a trupe Arte, Ética e Cidadania, com integrantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem todo o gás para continuar! Por isso, convoca atores profissionais ou amadores para voluntariarem-se nesta obra, que faz crítica ferrenha e bem-humorada à corrupção engendrada no Brasil.
Pessoas com ou sem experiência no palco, a partir de 18 anos de idade, podem manifestar interesse em atuar ao enviar um e-mail para hubnermar@gmail.com – este endereço é de Marcilio Hubner de Miranda Neto, autor do texto teatral. Caso sejam estudantes, os voluntários podem solicitar certificados para uso em atividades complementares. Também há possibilidade de conquista de bolsas de estudo, uma vez que a encenação integra o projeto de extensão “Dramatizando a Cidadania Fiscal no Contexto Nacional e Internacional”, da UEM.
Marcelo Henrique Galdioli, coordenador da UEM FM, está desde o primeiro dia de existência do espetáculo interpretando Lúcifer. Segundo ele, dificilmente as pessoas querem falar sobre tributos, mas como a peça expõe o assunto de forma lúdica e engraçada, o diálogo fica aberto com a sociedade. “Leva a uma reflexão, porque o que acontece na peça é baseado em fatos reais”. Sem “dar spoiler”, pode-se afirmar que não apenas o lado negativo e criminoso é mostrado.
Assista – “O Auto da Barca do Fisco” pode ir a sua cidade, seja no Paraná ou em outros Estados – os atores já foram, inclusive, a Brasília (DF). Basta enviar uma solicitação para hubnermar@gmail.com. A trupe não cobra cachê nem ingressos para o público, apenas pede que os organizadores locais custeiem transporte, alimentação e, quando necessário, hospedagem.
Sobre a peça
A obra, sempre apresentada gratuitamente, é realizada por meio de parceria entre UEM (por meio de Museu Dinâmico Interdisciplinar/Mudi e UEM FM), Sociedade Eticamente Responsável (SER) de Maringá/Observatório Social de Maringá, Receita Federal e Receita Estadual do Paraná. A direção, os figurinos, a cenografia e a iluminação são de Reinaldo Soriani.
O texto inspira-se em “O Auto da Barca do Inferno” (Gil Vicente) e “O Auto da Compadecida” (Ariano Suassuna) para satirizar desvios e usos indevidos do dinheiro público, além da sonegação fiscal. Em 2010, foi premiado como o melhor projeto de inovação social pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU).
(Foto: UEM)