Com o término da terceira etapa classificatória da Chave Ouro do Campeonato Paranaense de Handebol Juvenil, realizada no fim de semana, em Toledo, a liderança do grupo feminino e masculino voltou a alternar entre o primeiro e segundo colocado, uma amostra do alto nível da disputa estadual. Em dois dias foram anotados 582 gols em 14 jogos.
No clássico do norte/noroeste do Estado, entre MRV/Unicesumar/Unimed/Londrina e a Prefeitura de Maringá/Unimed/Unicesumar, imperou o equilíbrio. A rivalidade aguçou a disputa no duelo dos iguais, que até este jogo ainda não haviam somado nenhuma derrota na competição.
Com o placar oscilando entre os times, Maringá fechou ainda mais o sistema defensivo, com isso os londrinenses começaram a encontrar dificuldades para chegar ao gol, momento que os maringaenses pressionaram e abriram vantagem, fechando o placar em 19 a 17.
Com esse resultado, Maringá chegou a 12 pontos e passou a ser cabeça chave do grupo masculino, enquanto Londrina manteve 10 pontos e ficou na 2ª colocação.
Apesar da vitória, a equipe cometeu muitas falhas de substituição e passe de bola, erros que o técnico Marlon Araújo (Biroto) buscará corrigir para a próxima etapa da competição com treinos específicos e amistosos.
“Fizemos um jogo duro com uma equipe que é favorita ao título, então ganhar sempre é bom, dá mais confiança ao grupo, mais ainda tem muita coisa pra corrigir para as próximas fases do Paranaense, cometemos muitos erros que considero infantis, os quais podem mudar o resultado de uma partida, vamos ajustar isso”, expôs Biroto.
Destaque da partida, o camisa 44 Gabriel Augusto Campaner foi responsável por oito gols na vitória maringaense. “É muito importante essa vitória pra gente, estou contente por pegar este destaque em meu primeiro ano na equipe”, declarou Gabriel.
Com dois desfalques importantes, Londrina não conseguiu segurar o ataque adversário e impor seu ritmo de jogo, sofrendo a primeira derrota na disputa. Para o técnico Leandro Vinicius Floriano, o resultado da partida também se deve aos erros de precipitação no um contra o goleiro, finalizações malsucedidas e falta de agilidade nas passadas.
“A bola deveria ter andado mais, faltou paciência no ataque, defensivamente jogamos bem, mas precisamos corrigir nossos erros para não cometê-los novamente”, analisou Leandro, avaliando o clássico regional: “Jogar com Maringá sempre é gostoso, temos a rivalidade dentro de quadra, mas fora prevalece a amizade. Sabíamos que era um jogo de quem erasse menos levava, fomos infelizes, erramos mais que Maringá e o resultado foi esse, agora é erguer a cabeça, tem muito campeonato pela frente e a gente precisa se preparar mais para não cometer os mesmos erros”, enfatizou.
Com a vitória por 20 a 17 sobre Astorga/Academia Corpo e Saúde/Handebol (5º), o elenco da ACH/Associação Cascavelense de Handebol/Cascavel fecha o G3, com nove pontos em seis partidas.
Na quarta posição se manteve com Jussara Handebol após o empate em 24 a 24 com Alto Paraná/Handebol/DDC/FBB, que figura em 7º lugar. O Colégio ATO/Campo Mourão ocupa o 6º lugar após a vitória de 28 a 16 sobre a Prefeitura de Arapongas/Semel, que está na lanterna do grupo, ainda sem pontuar no torneio.
Torneio feminino
Na competição feminina, o clássico estadual entre a Prefeitura de Maringá/Unimed/Unicesumar e Santa Maria/ACH/Cascavel colocou frente a frente às atuais campeãs e vice-campeãs da categoria sub-18. Acirrada do início ao fim, a partida foi definida nos minutos finais, quando as cascavelenses abriram e administraram a vantagem até o apito final, encerrando o marcador em 19 a 17, repetindo o resultado do clássico masculino.
Com a vitória, Cascavel volta a assumir a ponta da tabela de classificação, com 10 pontos e um jogo a menos que as maringaenses, que desceram uma posição. Essa foi a quarta vez que as duas seleções se encontraram nesta temporada, tendo o time do Oeste vencido três partidas.
“Esperávamos um jogo bem difícil, Maringá é uma equipe muito forte, a gente tem que se superar a cada jogo pra tentar vencê-las. É uma equipe que nos últimos dois anos tem mais vencido a gente do que nós a elas”, ressaltou o técnico Marcos Galhardo.
De acordo com o treinador cascavelense, o resultado positivo prevaleceu para o time que cometeu menos erros. “Tivemos bastantes erros, mas menos que Maringá, o que acabou fazendo com que pudéssemos terminar o jogo com dois gols à frente. Isso é bom para a parte psicológica das meninas, pois fortalece bastante o grupo, que está voltando de um trabalho de recuperação física”, destacou.
Para a técnica Clarice Braga, os erros de finalização e na defesa ajudaram a definir o placar final do jogo. “Questão de detalhe, nossa defesa errou bastante em momentos que não podia errar. Vamos treinar para aprimorar isso, a fim de não cometer os mesmos erros na próxima etapa”, enfatizou a treinadora maringaense Clarice Braga.
Em 3º lugar figura Sejuv/Sarandi/Handebol, que venceu seus dois confrontos e agora soma seis pontos na disputa. Na sequência estão Santo Antonio do Sudoeste (5º), AHSI/Saudade do Iguaçu (6º), Prefeitura de Toledo/ATH/Apef (7º) e AFHJA/Jardim Alegre (8º).
Sistema de disputa
Em cada naipe, as equipes estão dispostas em grupo único, com disputa pelo sistema de rodízio em um turno completo. Os oito melhores definem quem avança à final.
Disputada em cinco etapas, a próxima será em Londrina, entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro, definindo os semifinalistas da competição, que se encontram nos dias 02 a 03 de novembro, em Maringá para decidir os campeões estaduais da temporada 2019.
Mais informações da competição podem ser conferidas pelas redes sociais da Paraná Handebol.
Organização
Realizado pela Liga de Handebol do Paraná, o Campeonato Paranaense de Handebol Juvenil conta com o apoio da Prefeitura de Toledo, por intermédio da Secretaria de Esporte e Lazer, da Associação Toledana de Handebol, da Federação Internacional de Handebol (IHF), da Confederação Brasileira de Handebol, da Associação Paranaense de Árbitros de Handebol (APAH), do CREF9/PR e da Kempa.
(Foto: Jaqueline Galvão/LHPR)