Na manhã dessa quinta-feira (19), o vice-reitor da Universidade Estadual de Maringá, Ricardo Dias Silva, o diretor da 15ª Regional de Saúde, Ederlei Ribeiro Alkamim, os secretários de Saúde das cidades que compõe a Associação de Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) e os diretores dos departamentos de saúde do Hospital Universitário de Maringá (HUM), se reuniram no auditório do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) para discutir ações de enfrentamento ao coronavírus e traçar um plano de contingência.
O diretor da 15ª Regional de Saúde, Ederlei Ribeiro Alkamim, explica que os municípios já estão construindo um “plano de contingência para este momento, visando o futuro, olhando sempre a pior das hipóteses. Essa reunião serviu para fazer o inventário de equipamentos, profissionais e insumos que os municípios tenham para oferecer ao HUM, na possibilidade de usar essas estruturas em uma situação mais crítica”.
O HUM é o centro de referência para o tratamento de casos agravantes do coronavírus, porém, até o momento, o hospital conta com apenas 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo 8 UTI’s adultas, 6 neonatais e 6 pediátricas, sendo que nessa última, apenas 4 estão em pleno funcionamento. No entanto, a Secretaria do Estado de Saúde (SESA) está estudando a possibilidade da implantação de mais 30 leitos na enfermaria e 10 de UTI’s.
Segundo Ricardo Dias, o HUM tem uma estrutura construída para 108 leitos de Unidade de Terapia Intensiva que podem ser colocadas em funcionamento, porém, algumas questões ainda devem ser discutidas em relação a esses leitos. “A estrutura física está praticamente acabada, o que falta pra colocar em funcionamento é a instalação das caixas d’água que devem estar concluídas até terça-feira. E a parte de ligação de gases que seria em torno de 15 dias. Mas em situação de emergência podemos usar os cilindros. A questão mais crítica é que não temos mobiliário, equipamentos e pessoal.”
Ainda sobre a estrutura do HUM, Dias explica que medidas foram tomadas para que, em momentos críticos, a instituição esteja isenta de responsabilidades naquelas ações que, comprovadamente, o hospital não tem capacidade de realizar. “Encaminhamos ontem (18), um documento da Reitoria e da Superintendência do Hospital para o Ministério Público sobre as condições de trabalho do nosso complexo de saúde e o que podemos oferecer para não sermos responsabilizados no futuro daquilo que não tivemos estrutura para realizar” conclui Dias.
De acordo com Luis Ximenes, coordenador do Pronto-atendimento do HUM, está previsto que o ambulatório do hospital seja desativado, transformando-o em uma unidade de infecção respiratória fora do pronto-socorro. Nessa unidade será realizada a triagem sem permitir que os doentes cheguem próximos às pessoas já internadas. “Nessa área vai ser feito todo o atendimento de pessoas com sintomas gripais, até que tenha um diagnóstico de coronavírus confirmado ou excluído” conclui Ximenes.
Linha de frente
Segundo Alkamim, os municípios estão preparados para atender pessoas com casos suspeitos, de acordo com o protocolo de atendimento quanto ao coronavírus, prestando atenção primária por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Todos os casos confirmados de coronavírus, serão tratados em casa. Os casos que se agravarem, principalmente na idade acima de 60 anos e que precisarem de um suporte de ventilação e cuidados especiais, serão encaminhados ao HUM, ao Hospital Metropolitano, ou ao Santa Clara, em Colorado”. Explica Alkamim.
UEM na prevenção do coronavírus
Durante a reunião, Dias afirmou que a UEM está providenciando a compra de produtos que estão em falta no mercado para a fabricação de álcool gel e que a fábrica de detergentes e a Farmácia Ensino irão atender às demandas futuras da instituição também na produção de álcool 70% para limpeza.
(Foto: Comunicação UEM)