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Coritibanos fanáticos
19/06/2020 12:01 em Futebol - Paranaense da 1ª Divisão

A história de Dorivaldo Gutierres Cristo (que está a direita na foto em destaque) com o Coritiba começou em Maringá, em 1966. Foi em um jogo entre Coxa x Grêmio de Maringá, e ele estava no campo, vendendo maças do amor para ajudar a família. “Fui até a torcida do Coxa e um dos torcedores queria uma maça, mas não tinha dinheiro para comprar. Como eu já estava gostando do Coritiba, por ver a vibração dos torcedores, aceitei sua proposta de dar a maça em troca de um boné do Coxa”, conta.

 

Na década de 1970, quando seu pai faleceu, sua mãe decidiu se mudar para Curitiba. “Foram três dias de viagem de trem, não era fácil. E como eu já tinha aquele boné do Coritiba, cheguei aqui e os coxas-brancas me viam na rua e mexiam comigo! Diziam “Ei, Coxa”, essas coisas. Então eu comecei a ir ao estádio”, explica. Na época, o então chamado Belfort Duarte estava sendo construído. "Virou paixão. E não era pouca não. Fiquei realmente gostando muito do Coritiba e virei um grande torcedor”, relembra ele, que então começou a participar do Movimento Unido Curitibano, MUC, uma das maiores torcidas organizadas da década.

 

“Os anos 70 foram os melhores do Coritiba. Fomos hexa-campeões paranaenses. Em 1977, voltamos a Maringá e acabamos perdendo o hepta porque perdemos o jogo de 1x0. Na época, eu era o presidente do MUC. Fizemos excursão com 23 ônibus e era muito dificil para o povo ir naquele tempo. Eu me lembro que o presidente Evangelino deu camisas pra gente sortear. Aí, o pessoal vendia o carnê, ganhava a passagem e ia”, relembra.

 

Como membro do MUC, Dorivaldo relembra as reuniões para picar papel de revista, jornal, para fazer a festa nos jogos do Coxa. “Foi uma época muito boa! Todos os jogos tinha papel picado, pó de arroz verde e branco. A gente pegava cal hidratada e pintávamos de verde. Eu posso dizer que eu fiz parte durante muito tempo de uma grande torcida organizada que o Coritiba teve. Inclusive, em 1977, eu ajudei a pintar a primeira faixa da Império, que hoje é uma grande torcida também”, destaca.

 

“Ninguém me ensinou a torcer pelo Coritiba. Foi realmente uma paixão. Uma paixão que faz parte da minha vida até hoje! Costumo dizer que é o meu segundo amor. O primeiro é minha família, minha esposa, minhas filhas, meus netos”, termina.

(CoritibaOficial)

 

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