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Tenista Luisa Stefani salva 4 match-points e vai às quartas nos Jogos de Tóquio
Jogos Olímpicos
Publicado em 27/07/2021

A paulistana Luisa Stefani, 23ª do mundo, e sua parceira Laura Pigossi, seguem com o sonho vivo da busca pela medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. As duas se classificaram em jogo emocionante nesta terça-feira (27) para a quartas de final. As brasileiras derrotaram as tchecas Karolina Pliskova (7ª em simples e 68ª nas duplas) e Marketa Vondrousova (94ª nas duplas), por 2 sets a 1, com parciais de 2/6 6/4 13/11, salvando quatro match-points. Pliskova vem de vice-campeonato em simples em Wimbledon e já foi número 1 na modalidade enquanto que Vondrousova tem final de Roland Garros no currículo e horas antes havia batido a poderosa e favorita Naomi Osaka nas oitavas de simples. O resultado é o maior do tênis feminino brasileiro em Olimpíadas.

O jogo teve muitas emoções sobretudo no match tie-break. As tchecas abriram 6 a 3, Luisa e Laura foram buscar o empate. As rivais abriram 9 a 7, depois 10 a 9 e 11 a 10, mas as brasileiras salvaram os quatro match-points e aproveitaram a oportunidade.

"Ótima vitória, nos safamos bastante, um jogo duríssimo, uma montanha-russa de emoções. Em boa parte do jogo estava mais para elas, então foi uma grande virada. Muito feliz pela maneira como nos mantivemos lutando, nos recompondo e as coisas começaram a mudar no final do segundo set. Pegamos mais confiança, crescemos, sentimos que o momento veio mais paro nosso lado. O match tie-break jogamos ponto a ponto, conseguimos voltar após 3 a 6 e 7 a 9, só focando em cada ponto. Nossa energia no final estava incrível, fomos pra cima. Foi isso que trouxe a vitória. Queríamos ganhar e ficamos muito felizes", celebrou  Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.

Nesta quarta-feira elas buscam vaga nas semifinais diante das norte-americanas Bethanie Mattek e Jessica Pegula, cabeças de chave 4, no segundo jogo da quadra 5, em torno das 2h da madrugada. Mais tarde, em torno das 6h, Luisa se une a Marcelo Melo e estreiam nas duplas mistas contra o poderoso Novak Djokovic e Nina Stojanovic, dupla da Sérvia. "Jogo duro contra as americanas e à noite dupla mista contra o famoso Djokovic. Agora é descansar e se preparar para mais um dia de batalha", completou.

Luisa tem 23 anos e vem fazendo história, sendo a melhor ranqueada pelo país desde que o sistema da WTA foi criado em 1975, somando dois títulos e mais seis finais.

Carreira - Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e tornando-se Top 10.

(Texto: ZDL Assessoria. Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

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