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Coloradas superam o São Paulo por 3 a 1 e avançam para as semifinais do Brasileirão A1
Futebol - Campeonato Brasileiro Feminino
Publicado em 22/08/2021

É NOSSA! A VAGA É NOSSA! A VAGA É COLORADA! De virada, as Gurias Coloradas superaram o São Paulo por 3 a 1, na manhã deste domingo (22/08), e se classificaram para as semifinais do Brasileirão A1. Fabi Simões, Ari e Shashá marcaram no Morumbi, as últimas duas já depois dos 40 minutos da etapa final, e garantiram a vaga no tempo normal do confronto.

Nas semifinais, o Inter enfrentará a equipe classificada de duelo entre Grêmio e Palmeiras, que se enfrentam às 20h deste domingo, também em São Paulo. Semifinalista, a campanha de 2021 já é a melhor da história das Gurias no Brasileirão A1, e contará com, no mínimo, mais 180 minutos de feitos relevantes.

 

Sem ceder às injustiças

A classificação não veio por acaso, há de se registrar. Após derrota de 2 a 1 na partida de ida, o cenário do Morumbi podia soar adverso, mas plenamente reversível. Em busca do resultado, as Gurias iniciaram a partida martelando o rival e empilhando oportunidades, deixando clara nossa ambição por protagonismo em nível nacional.

O ditado, infeliz e teimoso, reforça, há anos, que chances desperdiçadas são punidas. E se as Gurias não fizeram, elas sofreram. Fortuito, o gol tricolor saiu aos 21, após cobrança de falta que explodiu no poste e retornou na cabeça de Gislaine. Abatimento, porém, não faz parte do dicionário do Inter, que logo empatou.

Corriam 34 minutos quando Fabi recebeu bom passe de Djeni e ganhou na briga e na vontade da marcadora. Artilheira das Gurias no Brasileirão, a camisa sete cortou ângulo para a perna direita e chutou no canto oposto, sem chances de defesa para Carla, que certamente ouviu a bola explodir no poste antes de estufar as redes tricolores. O placar de 1 a 1 finalizava o primeiro tempo!

PARA A HISTÓRIA!

Assim como nos instantes de abertura do jogo, o reinício do duelo presenciou importante volume ofensivo das Gurias, constantemente em busca de gol que, pelo menos, levaria a decisão para as penalidades. A pressão, porém, também significou considerável desgaste, consequência do intenso calor registrado na capital paulista. Superada a casa dos 15 minutos, o São Paulo começou a somar maior posse de bola.

O segundo terço da etapa final tornou pessimistas os que não conhecem a história do Clube do Povo. Da casamata, Maurício promovia mudanças que deixavam o time mais ofensivo e com maior fôlego, mas a bola insistia em procurar os pés paulistas, que se adonavam do meio de campo. Pelo terceiro ano consecutivo, as Gurias deixavam o Brasileirão A1 nas quartas. Mas, em 2021, estávamos no Morumbi – no mês de agosto.

Proprietária das bolas paradas, Djeni Becker ajeitou com carinho, aos 40 minutos, antes de cobrar falta na intermediária esquerda de ataque. Com açúcar, a camisa oito levantou em conformidade ao manual, na altura da marca do pênalti. Por ali, a predestinada Ari apareceu livre para desviar à queima-roupa. Os pênaltis estavam garantidos, mas não satisfaziam a ambição das guerreiras vermelhas.

Desesperado, o São Paulo partiu para o ataque. Se a vaga ainda não estava perdida, o anímico para as penalidades ficava destroçado. Um gol parecia imperativo para a equipe paulista disputar sua segunda semifinal consecutiva. Ofensivo demais, entretanto, o rival esqueceu de Shashá. Velocista atacante que defende o Inter desde 2018, a camisa 33 recebeu de Wendy e teve caminho para avançar.

Mais do que metros, Shshá percorreu, até a área paulista, anos – em específico, quatro, de história das Gurias. De frente para a goleira, a atacante finalizou com precisão. Em se tratando de Inter, contudo, o gol não poderia vir apenas na qualidade. Por isso, quando a bola explodiu no poste e voltou para a 33, ela apostou na raça. De carrinho, o gol saía. A vaga era nossa. Ninguém mais tirava. Coloradas? Também, mas classificadas!

(Texto: Inter. Foto: Luiza Moraes/Staff Images Woman/CBF)

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