A paulista Mariana D'Andrea, de 23 anos, conquistou a primeira medalha de ouro brasileira no halterofilismo na história dos Jogos Paralímpicos. Na madrugada deste domingo, a atleta, da categoria até 73kg, levantou 137 quilos e superou a chinesa Lili Xu, que ficou com a prata (134 quilos). O bronze foi para a francesa Souhad Ghazouani (132 quilos).
"Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste", disse Mariana. Além do ouro da atleta, o Brasil tem outra medalha no halterofilismo paralímpico: a prata de Evânio Rodrigues da Silva nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Este foi o sétimo ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Além de Mariana, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio com Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (5.000m da classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55).
Somando este pódio, o Brasil já conquistou 326 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Além disso, com esta vitória de Mariana, o país chegou à 94ª medalha de ouro - faltando seis para a 100ª. Ainda são 117 de prata e 115 de bronze.
Histórico
Líder do ranking mundial na sua categoria, Mariana tem nanismo. Seu atual técnico, Valdecir Lopes, a viu na rua, em 2015, e a convidou para praticar halterofilismo. Além deste ouro conquistado em Tóquio, a atleta, natural da cidade de Itu, foi ouro na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021 e também subiu ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
Transmissão
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.
Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
(Texto: CPB. Foto: Takuma Matsushita/CPB)