A judoca Alana Maldonado, de 26 anos, é a primeira mulher brasileira da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio em uma edição de Jogos Paralímpicos. Na madrugada deste domingo (horário de Brasília), com um wazari, a paulista de Tupã derrotou a georgiana Ina Kaldan, na final da categoria até 70kg, e conquistou o primeiro ouro para o judô brasileiro em Tóquio. Vale ressaltar que Alana também já havia sido a primeira brasileira campeã mundial de judô, em 2018.
"Agradeço a toda a minha família e à comissão técnica, que estiveram sempre do meu lado neste ciclo tão difícil. Sou outra atleta em relação aos Jogos do Rio. No Brasil, estava do lado dos meus amigos e da minha família. Agora, fui campeã na terra do judô. Obrigado a todos que torceram. Esta medalha não é só minha. É de todos", disse Alana.
Este foi o oitavo ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Além de Alana, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio com Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (5.000m da classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55).
Somando este pódio, o Brasil já conquistou 327 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Além disso, o país chegou à 95ª medalha de ouro - faltando cinco para a 100ª. Ainda são 117 de prata e 115 de bronze.
Histórico
Alana descobriu a doença de Stargardt aos 14 anos. Já praticava judô desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou para a faculdade, começou no judô paralímpico. Ela é líder do ranking mundial em sua categoria.
Além do ouro paralímpico e mundial, a judoca foi prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e Lima 2019, bem como nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Transmissão
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.
Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
(Texto: CPB. Foto: Mikihito Matsui/CPB)