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Pia Sundhage valoriza trabalho coletivo entre as comissões técnicas das Seleções Femininas
Futebol Feminino
Publicado em 09/11/2021

A técnica Pia Sundhage convocou, nesta terça-feira (9), a Seleção Feminina para os últimos desafios de 2021. As Guerreiras do Brasil participarão do Torneio Internacional de Futebol Feminino em Manaus (AM), no período de Data FIFA, entre os dias 22 de novembro e 1° de dezembro. Em coletiva de imprensa realizada na sede da CBF, a treinadora comentou sobre a renovação da equipe brasileira e fez um balanço do rendimento após os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

Na última Data FIFA de 2021, Pia Sundhage deu continuidade na proposta de oportunizar novos nomes que estão surgindo no cenário nacional. A permanência de Bruninha e o retorno de Lauren, da Seleção Sub-20, evidenciam o trabalho coletivo que as comissões técnicas têm desempenhado. Questionada sobre os métodos que essa transição é realizada, a treinadora aproveitou para enaltecer o trabalho realizado na base e definiu a troca entre experientes e novatas como a “fórmula de sucesso” da Amarelinha.

“Quando eu falo de trabalho em conjunto, me refiro ao trabalho em conjunto com a CBF, com a Sub-20 e a Principal. Porque, no final do dia, a gente quer maximizar o potencial de todas. E, no caso do Jonas (técnico da Sub-20), quando a gente tem uma conversa sobre defesa, cruzamento, bola parada, fazer a leitura do jogo, eu confio 100% nele. Se ele está fazendo um bom trabalho agora, e está, essa é a razão para a Bruninha e a Lauren serem convocadas. (...) Essa mistura que pode ser a fórmula do sucesso, para vencer uma Copa do Mundo ou ganhar uma medalha de ouro não é uma corrida de 100m rasos e, sim, uma maratona que a gente está correndo,” afirmou.

Pia também comentou sobre o sentimento e a maturidade que as jogadoras nutrem ao dividir experiencias com o elenco da Seleção Feminina Principal.

“A melhor parte disso tudo é que quando eu falo com essas jogadoras, elas dizem que é como se fosse um Sub-23, e trabalhando com essa ideia de treino, conversa, de pré-jogo, facilita muito para elas. Óbvio que quando estamos falando da Seleção Principal, é claro que elas estão um pouco nervosas em corresponder às minhas expectativas, mas também porque elas estão jogando lá com a Marta, Duda e outras jogadoras”, completou.

Nessa fórmula de sucesso, o nome de Marta está incluído. Para Pia, a jogadora é um alicerce de diálogo entre as duas gerações que fazem parte da Seleção Feminina. Além disso, a sueca destacou as qualidades táticas da atacante dentro do grupo. 

“Ao conversar com a Marta e vê-la nos treinos, eu percebo que ela só quer melhorar e essa gana dela é a razão para continuar na Seleção Feminina. Ela continua jogando muito bem e eu acredito que ela é a chave, traz o melhor das outras jogadoras ao jogar o melhor de si. Nós queremos que ela fique mais próxima do gol e, provavelmente, a situação mais difícil do ataque seja dar aquele passe final, ela sabe como fazer aquela jogada e continua estudando o esporte. Fico muito feliz com o fato dela ainda jogar em nível alto”, revelou.

Após  os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a Seleção Feminina se reuniu em duas oportunidades, enfrentando a Argentina, em setembro, e a Austrália, em outubro. Nesses testes, o setor de criação se destacou como uma área que ainda precisa melhorar seu desempenho. A treinadora comentou os próximos passos para que essa zona do campo seja desafiada.

“O Brasil tem um jogo técnico, mas a gente precisa melhorar esse último passe, alta velocidade, ângulos corretos, cadência correta, passe correto naquele toque de bola. Acredito que a Marta ainda é a escolha perfeita para fazer isso. Muitas jogadoras acabam perdendo a posse de bola muito facilmente. Esse é o próximo passe para melhorar e acredito que vamos ter muitas chances disso nesses próximos três jogos. Talvez uma jogadora nova apareça e encontre essa situação específica,” finalizou.

(Texto: CBF. Foto: Thais Magalhães/CBF)

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