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Gêmeas Luisa e Duda Calazans compartilham experiências na disputa do Sul-Americano Sub-17
15/03/2022 06:26 em Futebol Feminino

Maria Eduarda Calazans e Maria Luísa Calazans, a coincidência no nome não é um acaso. Nascidas no dia 3 de setembro de 2005, a dupla é formada por irmãs gêmeas. O amor pelo futebol foi dividido no útero, desde pequenas já se aventuravam no quintal de casa jogando com meninos na rua. O que era brincadeira na infância virou um sonho em comum. De café com leite, Luisa e Duda viraram as capitãs do time nas peladas e, assim, foram ganhando protagonismo no bairro onde nasceram no Rio de Janeiro (RJ). 

"Começamos bem novinhas na escolinha só com meninos, até então nunca tínhamos jogado com meninas. Éramos tidas como café com leite, e aí colocavam uma pra cada lado. Conforme a gente foi crescendo e pegando experiência, já começamos a ter que escolher o time, se não ia ficar muito forte as duas juntas no mesmo lado", relembra Duda, que atua como meia. 

O primeiro clube das gêmeas foi o Fluminense. Juntas ganharam espaço e protagonismo no time das Laranjeiras. No dia a dia, contam com um reforço familiar, o olhar atento e o carinho do pai, Alex Faria, que atua como roupeiro da equipe feminina do Tricolor Carioca.

Em 2020, levaram o Fluminense a conquista do primeiro título no futebol feminino, ao conquistarem o Brasileiro Feminino Sub-18. As atuações chamaram a atenção da técnica Simone Jatobá e, assim, vieram as primeiras convocações para a Seleção Feminina Sub-17.

Para chegar até o Sul-Americano Feminino Sub-17, o caminho foi longo e repleto de surpresas. Alguns contratempos impossibilitaram que ambas estivesse ao mesmo tempo nas convocações da Seleção. Foi apenas na lista final de preparação, que tanto o nome de Duda quanto o de Luisa apareceram pela primeira vez juntos na lista entre as convocadas.

"Quando descobri que a gente tinha sido convocada juntas, eu dei um pulo. Sai pela casa gritando, a Duda estava dormindo e acabei acordando, já logo demos um abração", conta Luisa, a zagueira da família. 

"Foi uma felicidade completa, a gente nunca tinha sido convocada juntas, uma vez a Luisa estava com Covid e na outra eu lesionei o pé, a primeira foi apenas agora em fevereiro. Foi uma felicidade completa, porque sempre ficamos felizes uma pelas outras, mas estarmos juntas é diferente. Está sendo muito legal!", completa Duda.

Duda e Luisa estão muito próximas de conquistarem junto com o grupo os principais objetivos da Seleção Feminina Sub-17, que são a vaga para a Copa do Mundo FIFA Sub-17 e o título da competição. A torcida em casa não perde um só jogo e se divide na emoção ao ver as irmãs em campo que costumam, na maioria das vezes, entrar no segundo tempo da partida. Diante da Venezuela, porém, iniciaram juntas o último duelo da fase de grupos. Atenção compartilhada na vitória por 6 a 0. 

"É um sonho sendo realizado estar aqui no Sul-Americano. Quem não gostaria de estar aqui? Entre milhões de meninas do futebol, nós estamos aqui. Está sendo um sonho!", ressalta Duda.

Após a expressiva vitória por 8 a 0 diante do Chile na estreia no quadrangular final, a Seleção Feminina Sub-17 encara o Paraguai nesta quarta-feira (16), às 18h30, no Estádio Charrúa, em Montevideú (URU). Caso vença, a Canarinho confirma antecipadamente a vaga na Copa do Mundo FIFA Feminina Sub-17. No sábado (19), o Brasil volta a campo para enfrentar a Colômbia, às 20h30. 

(Texto: CBF. Foto: Adriano Fontes/CBF)

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