Nos últimos meses, Bia Zaneratto e a Seleção Feminina podem dizer que tiveram alguns desencontros na vida. Lembrada por Pia nas últimas quatro convocações após os Jogos Olímpicos de Tóquio, a atacante no entanto precisou ser desconvocada em todas as oportunidades. O motivo? A pandemia de Covid-19! Desta vez, na Espanha, nenhum vírus foi capaz de desmarcar o reencontro já tantas vezes programado.
Em 2021, quando ainda atuava pelo Wuhan, da China, a ausência em três convocações foi por conta das restrições de viagem e a quarentena imposta pelo governo chinês. Já no início deste ano, na Data FIFA de fevereiro, Bia acabou testando positivo para Covid-19 e, mais uma vez, não conseguiu se apresentar à Canarinho. Enfim, de volta após oito meses, a atacante quer fazer desta presença mais uma vez uma rotina na Seleção Feminina.
"Estou muito feliz de poder retorna à Seleção depois de um longo período. Depois da Olimpíada não consegui mais voltar por conta das restrições na China e, na última convocação, estava com Covid e não consegui me recuperar muito bem. Agora, finalmente, consegui estar de volta e representar a Seleção. É sempre muito importante e especial pra mim, espero que agora não tenha nenhuma restrição para estar aqui, jogar no Brasil também facilita neste caso", conta Bia.
Diante da Espanha, Bia ganhou seus primeiros minutos com a Seleção Feminina no segundo tempo. Em campo, a atacante encontrou uma equipe completamente diferente daquele com a qual atuou em sua última partida pelo Brasil, nas quartas de final diante do Canadá nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em relação as convocadas para esta Data FIFA, a equipe conta apenas com a presença em comum da goleira Letícia, a defensora Tamires, a meia Angelina e a atacante Debinha.
"A Pia tem dado oportunidades para as novas atletas, ela sempre foi assim e, mais uma vez, vemos um time totalmente diferente. Isso faz com que ela tenha um novo grupo em mãos para poder testar e dar oportunidade para todo mundo. Isso é de suma importância para o crescimento e o desenvolvimento do futebol feminino trazendo a nova geração, que está dando conta do recado. Tivemos uma boa prova contra a Espanha, poderíamos ter saído com a vitória, e isso mostra o fortalecimento do futebol feminino de um modo geral", analisa.
O ano de 2022 tem tudo para ser especial para a Imperatriz. De volta ao Brasil, a atacante retornou para o Palmeiras, clube que lhe abraçou em 2021 e juntos construíram uma relação de sucesso. Com o Alviverde, Bia foi avassaladora na temporada passada e, com apenas a participação na primeira fase do Brasileirão Feminino Neoenergia, colecionou feitos e prêmios, como o de melhor atacante, artilheira e craque da competição. Para esta temporada, Bia sabe que a competição está mais acirrada, mas espera manter a mesma escrita de sucesso com o Verdão.
"Estou muito feliz de ter retornado para o Brasil depois desse período na China, e ainda voltar para o Palmeiras que é a minha casa, onde já me sinto muito à vontade. O Brasileirão evoluiu muito e está muito mais competitivo em relação ao ano passado, isso traz uma competitividade maior pra gente se apresentar de uma melhor forma aqui na seleção", finaliza.
A Seleção Brasileira Feminina se prepara para o último teste desta Data FIFA. Na próxima segunda-feira (11), o Brasil encara a Hungria, às 15h30 (Horário de Brasília), com transmissão ao vivo da Globo e Sportv.
(Texto: CBF. Foto: Lucas Figueiredo/CBF)