Offline
Judoca Rafaela Silva é bicampeã mundial
08/10/2022 16:14 em Judô

Se existe um roteiro de superação, este com certeza é destinado para a vida da judoca Rafaela Silva. Depois de voltar a competir oficialmente no circuito internacional de judô após um tempo de suspensão, a carioca se consagrou neste sábado (08) bicampeã no Mundial de Judô Tashkent 2022 na categoria até 57kg. E para completar o dia especial para o judô brasileiro no Uzbequistão, Daniel Cargnin também subiu ao pódio ao conquistar a medalha de bronze na categoria até 73 kg.

Rafaela teve que se reinventar para chegar ao seu segundo título mundial de judô (o primeiro foi em 2013, no Rio de Janeiro). Ela só voltou a competir no fim de 2021 após ter ficado dois anos suspensa por conta de um caso de doping. Na volta ao circuito internacional, vinha colecionando bons resultados (prata e bronze nos Grand Slams da Hungria e Geórgia) até chegar a este Mundial de Tashkent. A brasileira enfrentou adversárias difíceis no caminho para a decisão e enfrentou a japonesa Haruka Funakubo na final. Depois de uma luta tensa em que teve de se livrar de uma imobilização, Rafaela conseguiu um belo waza-ari a 30 segundos do fim da luta e comemorou mais uma volta por cima na carreira com o ouro do Mundial, que deve lhe embalar na corrida para os Jogos Olímpicos Paris 2024.

Na sequência do ouro de Rafaela veio um estreante de categoria para carimbar mais uma medalha brasileira no Mundial Tashkent 2022. Depois de conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 na categoria até 66 kg, Daniel Cargnin subiu para a categoria até 73 kg e disputou o seu primeiro campeonato mundial no novo peso. Ele derrotou adversários duros, como os medalhistas olímpicos Rustam Orujov, do Azerbaijão, e Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, e disputou o bronze contra o italiano Manuel Lombardo. Assim como Rafaela, Cargnin teve dificuldades no decorrer da luta, mas conseguiu encaixar um belo ippon para garantir sua primeira medalha em um Mundial na nova categoria. A conquista de Daniel Cargnin encerrou um jejum de cinco anos do Brasil sem medalhas masculinas em mundiais de judô (as últimas haviam sido em 2017, com David Moura e Rafael Silva). 

(Texto: COB. Foto: Gabriela Sabau/IJF)

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!