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No Senado, diretor da PF critica PL Antifacção por reduzir recursos
Andrei Rodrigues se referiu a mudanças feitas pelo relator da proposta
Radioagência Nacional - Por Priscilla Mazenotti
Publicado em 18/11/2025 17:14
Notícias do Brasil
© Andressa Anholete/Agência Senado

R$ 12 bilhões: esse é o tamanho da fraude envolvendo o Banco Master, alvo de ação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18). O número foi confirmado pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que esteve na CPI do Crime Organizado no Senado.

Ele não precisou exatamente quanto disso vai voltar para os cofres públicos, mas comentou o que foi apreendido na casa de um dos alvos da operação.

"Em dinheiro, apreendemos na residência de um investigado R$ 1,6 milhão nessa operação de hoje".

Andrei Rodrigues esteve na comissão como convidado - o primeiro desde que a CPI foi instalada. Ele fez um panorama das ações da PF e um apelo para que os parlamentares modifiquem o Projeto de Lei (PL) Antifacção, que está na quarta versão e pode chegar a uma quinta antes da votação prevista para esta terça-feira.

Uma das preocupações é com relação à legislação. Em haver choque de normas, provocando confusões processuais. Outra preocupação é com relação ao financiamento, à redução de recursos para a Polícia Federal e para os fundos de operacionalização, de combate ao crime e às drogas, por exemplo.

"Estamos falando de descapitalizar o crime organizado. Não podemos fazer uma proposta de descapitalize a Polícia Federal. Há, ali, a retirada de recursos dos fundos federais, inclusive do Funapol, que é o fundo da PF, mas também do Fundo de Segurança Pública, do Fundo Antidrogas. De fato isso traria um prejuízo, uma redução de recursos para a Polícia Federal".

E completou: "Segurança pública custa caro, sim. Agora mais caro custa a violência e os resultados nefastos que isso traz".

A CPI do Crime Organizado ainda está na fase inicial de ouvir autoridades. Para esta quarta-feira, estão previstos os depoimentos do diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Antônio Glautter Morais, e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o Primeiro Comando da Capital (PCC) desde o início dos anos 2000.

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
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