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Judocas do Brasil treinam em Hamamatsu para o Mundial de Tóquio
15/08/2019 18:20 em Judô

O ginásio Yuto tem uma faixa grande onde está escrito em português e japonês: foco na perfeição. Olhando para ela, judocas do Brasil e do Japão adentraram os tatames montados no local para o primeiro treino da seleção brasileira de judô. que está em período de aclimatação para o Campeonato Mundial de Tóquio (25 de agosto a 1° de setembro). As atividades em Hamamatsu, situada a 250 quilômetros da capital japonesa, são uma parceria entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB), a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e a prefeitura da cidade, e serão realizadas até 29 de agosto. 

 

Como parte do intercâmbio entre o COB, a modalidade e a comunidade local, na manhã do dia 15 no Japão (noite de quarta, 14, no Brasil), os atletas da seleção brasileira principal e de base treinaram com jovens judocas de um clube local, o Omori Judo Club. 

 

“Foi muito bom poder contar com os japoneses no treino. Precisamos de treinos fortes, mas também de atividades mais leves para trabalhar melhor a parte técnica. O apoio deles foi muito importante porque eles nos ajudam a aprimorar os golpes. e aposto que eles também aprendem muito ao treinar com a seleção brasileira por um dia”, disse Ellen Santana (70kg), convocada para o Mundial por equipes e uma das que mais interagiu com os japoneses.

 

“Nesta semana os treinos de judô serão priorizados pela manhã e, à tarde. vamos fazer trabalhos técnicos ou físicos. É uma semana mais de lapidação. Fazemos randori, mas com pouca intensidade, buscando corrigir os erros e ajustar os detalhes”, explicou a peso médio Maria Portela (70kg). 

 

Parte da delegação veio diretamente de Lima, onde disputaram os Jogos Pan-americanos de 2019, e fizeram uma grande campanha: dez medalhas, sendo cinco de ouro, uma de prata e quatro de bronze. Entre os campeões do judô em Lima, está Eduardo Yudy Santos, nascido no Japão, mas que escolheu defender as cores do Brasil, e que está em Hamamatsu com um novo objetivo traçado.

 

“O ouro nos Jogos Pan-americanos me deram muita confiança para fazer um bom Mundial. Esse primeiro treino foi bem leve, focando mais no trabalho de pegada. Apesar do cansaço da viagem, treinei com muita vontade”, contou Eduardo, que explicou ainda a diferença de voltar ao Japão como campeão continental. “Estou me sentindo muito à vontade, aqui é a minha segunda casa”. 

 

Hamamatsu abriga a maior colônia de brasileiros no Japão e a prefeitura local, em parceria com o COB e a CBJ, cuidou de todos os detalhes para que os judocas brasileiros não sofram com a adaptação. Entre as facilidades oferecidas, está uma alimentação tipicamente brasileira, com arroz, feijão e farofa. A operação serve também como teste para os Jogos Olímpicos, já que a cidade será a base do judô também em 2020. 

 

“Estou achando ótimo ter pratos brasileiros nas refeições. Particularmente, sinto muita falta do feijão quando estou fora do Brasil. O fato de ter aqui alivia muito a diferença entre os cardápios brasileiro e o japonês, facilitando a minha dieta. Os pratos estão todos bem parecidos com o do Brasil e isso faz a diferença”, completou Ellen, 21 anos, que vai disputar o segundo Mundial Sênior da carreira. 

(Foto: Valter França/COB)

 

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