Uma Paralimpíada otimizada, simplificada, com redução de custos e que priorize a saúde dos atores envolvidos. Ao menos no papel, é esse o objetivo do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, segundo o planejamento montado em parceria com os governos do Japão e da capital do país e com o Comitês Olímpico Internacional (COI) e com o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). O evento, assim como a Olimpíada, foi adiado para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O projeto foi dividido em três frentes: posicionamento, princípios e roteiro. Nesta última, que inclui também o planejamento olímpico, é indicado o cronograma até 5 de setembro do ano que vem, quando termina a Paralimpíada (o evento começará em 24 de agosto). O calendário prevê a realização de testes de covid-19 entre março e maio, com o revezamento da tocha olímpica iniciando no fim de março e o da tocha paralímpica ocorrendo após 8 de agosto (quando termina a Olimpíada).
Quanto ao posicionamento, o Comitê entende que o cenário apresenta, ao movimento paralímpico, uma “enorme oportunidade de mostrar a força e a amplitude da resiliência humana” e de desenvolver uma sociedade “diversa e inclusiva”. Ainda segundo os organizadores, “com isso em mente”, os Jogos serão preparados com base no tripé de “prioridade à saúde e à segurança de atletas, espectadores, parceiros, voluntários e staff; redução dos custos do impacto do adiamento, com promoção do interesse público; e redução da complexidade dos Jogos, para garantir que eles sejam realizados de uma forma segura e sustentável nesse novo contexto”.
Tornar o evento menos complexo (e caro) também é abordado na definição de princípios. Um deles fala em “promover a colaboração entre as partes interessadas” em busca de “soluções criativas que simplifiquem a entrega dos Jogos, do ponto de vista de redução de custos e implementação de medidas contra a covid-19”. Entre as soluções estão “encorajar que os parceiros otimizem as delegações de trabalho em Tóquio” e “reconsiderar elementos culturais não essenciais aos Jogos”.
Segundo nota divulgada no site do Comitê Organizador, a entidade e o IPC revisaram “minuciosamente” o planejamento definido em 10 de junho e o atualizaram “para refletir os valores únicos dos Jogos Paralímpicos”. A nova versão foi levada ao Conselho Administrativo do Comitê Paralímpico Internacional na última terça (7). “O Comitê Tóquio 2020 permanecerá em estreita colaboração com todas as partes interessadas, continuando a envidar todos os esforços para uma entrega bem-sucedida dos Jogos”, encerra o comunicado.
(Texto: Lincoln Chaves/Agência Brasil)