Estar cada vez mais perto da atual geração de atletas olímpicos brasileiros, compartilhando suas experiências, apresentando a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB) e acompanhando as atividades do Time Brasil na retomada dos treinamentos em Portugal. Foi dessa forma que Jackie Silva, campeã olímpica de vôlei de praia em Atlanta 1996, e Isabel Swan, bronze na vela em Pequim 2008, contribuíram com a Missão Europa nos últimos dez dias, interagindo com atletas de sete modalidades: boxe, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, nado artístico, natação e vela.
“Deu para perceber a dificuldade que esses atletas passaram, após meses sem treinamento no Brasil. Isso fez com que eles ativassem outra forma de trabalhar a parte intelectual, o que é um ganho: pensar em construção, organização da modalidade e crescimento. O atleta tem início, meio e, inevitavelmente, vai ter um fim. Só que o fim do atleta é um começo. E nada melhor do que você, de alguma forma, se preparar para isso”, disse Jackie.
Despertar o interesse dos atletas sobre a importância do trabalho realizado pela CACOB e tê-los cada vez mais por perto foram os focos de atuação de Isabel Swan, que integra a Comissão. Inclusive, a partir desta segunda-feira, dia 27 de julho, os atletas olímpicos brasileiros poderão formalizar suas candidaturas para a eleição do colegiado, visando o ciclo 2021-2024, que ocorre a partir de 24 de agosto.
“Foi muito importante mostrar o que está sendo feito pela CACOB e como o atleta pode ter uma representatividade organizada. Houve uma evolução na nossa Comissão, e os atletas também estão aptos a se organizarem e entregarem com excelência nesse aspecto. Estabelecemos contato e oferecemos ajuda, que é o que precisamos para desenvolver o nosso esporte e atender as demandas de forma organizada”, explicou Isabel.
Os atletas que já estão treinando em Portugal, visando os Jogos Olímpicos de Tóquio, também aprovaram o contato com duas referências do esporte nacional. Foi o caso da judoca Ketleyn Quadros, bronze em Pequim 2008 e que segue em atividade nos tatames.
“É sempre muito bom estar conversando com atletas que vivenciaram a mesma coisa que nós, expondo suas dificuldades. Isso acaba servindo como exemplo, é uma troca importante para o esporte brasileiro. Pudemos entender também como os atletas estão nos defendendo em outra área. Não precisamos esperar o fim de nossas carreiras para existir essa troca.”
Até o fim da Missão Europa, em dezembro, outros ídolos do esporte brasileiro também terão a oportunidade de desenvolver esse trabalho junto aos mais de 200 atletas olímpicos que passarão por treinamentos de campo em Portugal.
(Foto: COB)
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