Gabriel Jesus é incansável. Nos treinos da Seleção Brasileira é um dos primeiros a ir para o campo e um dos últimos a sair. Está sempre querendo dar um chute a mais ao gol ou propor um desafio a algum companheiro. Tudo para ficar mais tempo com ela: a bola. Tanta dedicação tem uma explicação. O camisa 9 é dono de uma autocrítica não tão comum aos jovens de sua idade. Busca sempre se superar, evoluir e melhorar a cada dia. Sabe que só assim poderá ser mais efetivo nos jogos.
Artilheiro da Seleção Brasileira sob o comando do técnico Tite, com 16 gols, Gabriel chegou a Copa América embalado pelos três gols e as boas atuações nos dois amistosos preparatórios do Brasil, contra Catar e Honduras. Ainda não marcou seu gol na Copa América. Mas protagonizou um dos momentos mais cruciais para o Brasil na competição. Com frieza e competência, converteu o último pênalti contra o Paraguai e garantiu a vaga nas semifinais.
Diante da Argentina, nesta terça-feira (2), Gabriel terá mais uma oportunidade de mostrar que todo o trabalho intenso no dia a dia continuará o recompensando. E o exemplo vem do companheiro de Manchester City e adversário na semifinal da Copa América. O atacante argentino Sérgio Aguero.
“Hoje eu busco finalizar mais e venho treinando muito no meu clube e aqui na Seleção Brasileira. Foco muito para melhorar a minha finalização. Vejo lá meu clube mesmo, o próprio Aguero, que finaliza muito ao gol. É um dos melhores centroavantes”, elogia.
Contra a Argentina, Gabriel espera que o Brasil possa impor o seu jogo e, principalmente, melhorar na pontaria. A Seleção Brasileira é a que mais cria situações de gol na competição. Mas em dois jogos ficou no 0 a 0, contra a Venezuela e Paraguai. Jesus acredita que os hermanos não ficarão só se defendendo, o que pode gerar mais oportunidades para o ataque canarinho.
“Tratam-se de duas seleções gigantes. Por causa do momento e por jogar em casa, nós temos mais pressão para ganhar. Mas a Argentina também precisa muito vencer. Não acredito que eles vêm para se defender. Tem jogadores de ataque muito bons. Eles virão para cima”.
Gabriel começo a Copa América como reserva e conquistou uma vaga no time titular jogando pelos lados do ataque, diferente do seu melhor momento na Seleção, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, quando jogava mais centralizado. Jesus admite se sentir bem jogando em qualquer posição no ataque, e fez um resumo de sua carreira para justificar essa facilidade.
“Eu comecei minha carreira jogando aberto na esquerda. Subi para o profissional e fui para a Seleção sub-20 jogando aberto. Com o Cuca (ex-técnico do Palmeiras) jogava de segundo atacante e logo virei centroavante. Depois fui para a ponta e tive rendimento melhor. Me sinto confortável jogando de ponta, mas estou à disposição do treinador. Consigo fazer as duas funções. Óbvio que tenho mais intimidade jogando nas pontas porque é onde joguei mais na minha carreira. Não tenho que escolher, não tenho preferência, onde o professor me colocar eu quero entrar e dar o meu melhor”.
Gabriel Jesus e a Seleção Brasileira enfrentam a Argentina pela semifinal da Copa América nesta terça-feira (2), no Estádio do Mineirão, às 21h30.
(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
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